Você já parou para pensar quanto lixo uma pessoa produz diariamente? E uma família? Uma empresa? Uma cidade? Muita coisa né? Mas tão importante sobre ter consciência sobre o lixo que produzimos, é fundamental sabermos diferenciar cada tipo de lixo para assim, poder dar a destinação correta.
Mas afinal o que é Lixo?
Lixo é todo material descartado pelo ser humano. Com o aumento dos problemas ambientais o lixo começou a ter um destino e tratamento próprios.
Nesse sentido, vale lembrar que a poluição gerada pelos tipos de lixo tem causado diversos impactos negativos no meio ambiente como a destruição de ecossistemas, diminuição da biodiversidade, contaminação do solo, das águas e do ar.
Sabendo disso vamos apresentar agora os principais tipos de lixo, isso ajudará você a diferenciar cada um deles e assim, dar o melhor destino para cada um deles:
Lixo Doméstico
Os resíduos sólidos são um problema no mundo inteiro. Diante desse cenário, uma das ações possíveis é reduzirmos a geração do nosso lixo doméstico. Mas, quando não é possível evitar que o lixo se acumule, o que fazer com ele? Cada tipo de lixo doméstico tem um destino e um tratamento diferente. E não basta separar o lixo, é preciso embalar o lixo doméstico de forma correta e também aprender como reciclar o lixo doméstico - pelo menos uma parte dele.
Alimentos e vegetais
Antes de pensar em descartar os resíduos alimentares e vegetais (podas, entre outros), devemos pensar em não consumir (comprar) nada daquilo que não será necessário. Mas se mesmo assim houver sobras, como cascas de banana, podemos pensar em formas de reutilização por meio do consumo ou da compostagem.
A maioria dos restos alimentares e de podas são compostáveis e essa alternativa evita a emissão de metano (CH4) e ainda permite a reutilização do que era resíduo na forma de húmus. E a compostagem não é só para quem tem espaços de terra disponíveis... Quem mora em apartamento também pode fazer.
Se, no caso dos vegetais e restos alimentares, nenhuma das duas alternativas forem viáveis para você, também existe a possibilidade de embalar os resíduos alimentares e vegetais em geral em sacolas biodegradáveis.
Embalar em sacolas biodegradáveis
Como restos alimentares, guardanapos e podas são compostáveis é possível embalar esse tipo de resíduo em sacolas biodegradáveis para que sejam compostados. Entretanto, a compostagem só acontece com a presença de oxigênio, condições adequadas de luz, umidade, temperatura e presença micro-organismos. O problema é que, na maioria dos aterros e lixões, essas condições não existem, o que faz com que, durante a degradação, não ocorra a compostagem, o que acaba gerando gás metano.
Existem diversos tipos de plástico biodegradável que compõem as sacolas biodegradáveis, cada um com suas vantagens e desvantagens. Nessa categoria de plástico estão o plástico verde, o plástico de amido, o plástico PLA e os oxibiodegradáveis.
Recicláveis
Papel, papelão, madeira, eletrônicos, alumínio, vidro, bronze, enfim, há muita coisa que é reciclável.
Se não houver possibilidade de reutilização desse material ou se o serviço de coleta do seu município não aceitar esse tipo de material, é possível que você mesmo o destine a postos de coleta mais próximos de sua residência.
Mas para isso é preciso embalá-los. É importante não inseri-los em sacolas biodegradáveis, pois se passar muito tempo essas sacolas podem se degradar e contaminar o material.
Lixo Comercial
O lixo comercial pode ser classificado em duas categorias de acordo com seus geradores, ou seja, existem os grandes e os pequenos geradores deste tipo de lixo. A questão da coleta de lixo é bem delicada, pois além de requerer cuidados especiais quanto ao seu encaminhamento, este trabalho duro tem altos custos para o poder público, neste caso as prefeituras. A identificação dos grande e pequenos geradores pode auxiliar na questão do custo, pois identificados os grandes produtores de lixo é possível tarifar esta prestação de serviços.
Essa divisão, todavia, pode ser classificada em lixo comercial e lixo industrial. O primeiro se restringe aos resíduos gerados pelas atividades do comércio em geral, o que oferece menor risco de poluição. Já o segundo, como o próprio nome diz é de origem das atividades industriais e esse sim requer um maior cuidado.
Lixo industrial é o lixo que resulta dos processos de produção das indústrias, ele varia de acordo com a indústria, assim indústrias metalúrgicas, alimentícias, químicas têm um lixo bem diferente, requerendo assim um tratamento especial. Por exemplo, na indústria alimentícia os refugos (produção que não pode ser aproveitada) é vendida para fábricas de ração animal. Indústrias metalúrgicas e de plásticos vende seu refugo para serem reciclado por outras empresas. As indústrias químicas, porém precisam tratar seu rejeitos, isso muitas vezes requer altos investimentos. O problema é quando ele não é tratado sendo jogado em rios ou queimados, o que polui o meio ambiente.
Lixo Hospitalar
Os resíduos de serviços de saúde (RSS), comumente associados à denominação lixo hospitalar ou resíduo hospitalar, é o nome que se dá aos resíduos originários de ações médicas desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados de saúde, em atividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação relacionada com seres humanos ou animais, em farmácias, em atividades médico-legais, de ensino e em quaisquer outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupuntura, piercings e tatuagens.
São divididos em: resíduos sólidos; resíduos em estado sólido ou semissólido e líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos.
Representam uma fonte de riscos à saúde humana e ao meio ambiente, devido principalmente à falta de adoção de procedimentos técnicos adequados no manejo das diferentes frações sólidas e líquidas geradas, como materiais biológicos contaminados e objetos perfurocortantes, peças anatômicas, substâncias tóxicas, inflamáveis e radioativas.
O Plano de Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS) é o documento que irá apontar e descrever as ações necessárias ao manejo de resíduos gerados nas instituições de saúde. É de competência de todo gerador de resíduos de serviços de saúde elaborar seu PGRSS.
Conclusões
O lixo é considerado uma grande ameaça à vida, pois é possível diminuir seus impactos adotando medidas preventivas, abandonando práticas de consumo exagerado ou então, conscientizando a população. São atitudes simples e viáveis que podem ser incorporadas cada vez mais, a fim de proteger o ar, o solo e a água, trazendo como conseqüência melhores condições de saúde humana, qualidade de vida e saúde ambiental.