Biodegradável e Reciclável, qual a Diferença?
Antes de partirmos especificamente para a distinção entre reciclável e biodegradável, é importante destacar que essas são duas formas saudáveis de pensarmos a questão do meio ambiente. Basicamente o processo de reciclagem viabiliza a transformação de materiais usados em produtos novos a serem reutilizados. Assim, o que inicialmente iria para o lixo de uma vez por todas, pode ser reaproveitado, quando repensamos a relevância da preservação dos recursos naturais do meio ambiente e o caráter finito e não renováveis de suas fontes.
Para facilitar o processo de reciclagem no Brasil, alguns locais disponibilizam lixeiras com cores específicas. São elas:
Lata azul: papel e papelão;
Lata vermelha: plástico;
Lata verde: vidro;
Lata amarela: metal;
Lata preta: madeira;
Lata laranja: resíduos nocivos;
Lata branca: lixo hospitalar;
Lata roxa: resíduos radioativos;
Lata marrom: restos de comida;
Lata cinza: lixo geral não reciclável.
Já os produtos biodegradáveis são caracterizados pela facilidade com que são decompostos pela ação bacteriana natural. Eles são um ponto positivo para a natureza também e já são uma realidade mundial. Quando produtos como os sabões e os detergentes têm uma estrutura não biodegradável, é comum que não se decomponham nas águas dos rios, não se misturando a eles e criando camadas significativas de espuma, o que impede a entrada de oxigênio na água e principalmente: a geração de danos irreparáveis à flora e à fauna locais.
Soma-se a isso, a contaminação das águas subterrâneas por meio da infiltração de produtos não biodegradáveis nos solos, contaminando a água que é corriqueiramente utilizada pelas pessoas.
Assim, podemos deduzir que a principal diferença entre as duas perspectivas, a do produto reciclado e do biodegradável, é que, ao passo que o primeiro é passível de ser reutilizado, em vez de se tornar lixo permanente, o segundo se volta mais para a sua condição natural de poder, caso lançado ao lixo, ser decomposto de modo natural pela própria natureza, sem ser-lhe agressivo.
Porém, outro conceito que vem ganhando espaço são os reutilizáveis. São considerados materiais reutilizáveis aqueles que podem ser novamente utilizados, sem sofrerem alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas. As garrafas retornáveis, utilizadas em larga escala pela indústria de bebidas, é um exemplo. Embalagens de vidro, como copos de requeijão ou potes de geleia, são outros exemplos para reutilização, como também os potes de sorvete, bastante utilizados para armazenar alimentos.
“Embalagens longa-vida, por exemplo, podem ser processadas e se tornam telhas. As latinhas de alumínio podem se transformam em componentes de automóveis. O jornal é usado em caixas de ovos e as garrafas PET viram componente de vestuário. Utensílios plásticos viram banco de praça”, conta André Vilhena, diretor do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), apontando alguns exemplos de materiais recicláveis e como podem ser reaproveitados a partir de um novo ciclo produtivo. “O Brasil é considerado referência mundial em reciclagem e é pioneiro entre países em desenvolvimento, apresentando um índice de 65% de reciclagem de embalagens pós-consumo, além do componente de inclusão social utilizado no modelo adotado pelo país”, completa.